Os recentes ataques do exército colombiano a acampamento das Farc em território equatoriano motivaram o início de uma crise diplomática séria entre os dois países.
O bombardeio, seguido de incursão militar para a retirada dos corpos de dois guerrilheiros mortos, foi motivo de pedido de desculpas enviado pelo presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, ao presidente do Equador, Rafael Correa. Os mortos são Raúl Reyes, considerado o número dois e um dos mais ativos membros das Farc, e Julián Conrado.
Uma análise simplista faz parecer pirraça ou briga de adolescentes o conflito que pode gerar uma guerra em nosso continente: Correa quer punição e isolamento da Colômbia pelo resto do continente. Equador e Colômbia não têm mais embaixadores nos países adversários. Chávez, da Venezuela, que nunca foi com a cara de Uribe, endossa o pedido de Correa e reforça suas tropas na fronteira com o Equador, como se prezasse muito a soberania do vizinho. E Bush, viciado em supostas guerras contra o terrorismo e em dar o contra em Chávez, vê a possibilidade de "unir o útil ao agradável" e se posiciona ao lado de Uribe, como se isso também não tivesse relação com a adesão de Chávez ao outro lado da história.
O governo equatoriano cobra posicionamento da OEA e diz ter documentos que comprovam "envolvimento" do governo equatoriano com o grupo terrorista, o que justificaria o ataque no território vizinho em vez de solicitar que os próprios o fizessem. Além disso, Correa ainda fez o favor de dizer que os terroristas foram "massacrados" enquanto dormiam, em pronunciamento oficial à nação.
Em meio a toda essa confusão e a nomes que já figuravam na mídia em conflitos entre si por outros interesses, Lula e o Ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, prezando pela manutenção do bom momento do Mercosul, abrem as portas para os chefes de estado dos dois países e pedem que os Estados Unidos, apesar de fazerem parte da OEA (Organização dos Estados Americanos), não façam mais do que opinar, a fim de que o caldo não engrosse por aqui.
A idéia do governo brasileiro era que nem Chávez se colocasse no meio do conflito, para qe ficasse circunscrito aos dois países e tudo se resolvesse como mais um dos mal entendidos que se fazem presentes nos acidentes diplomáticos internacionais. Porém, a movimentação do exército Venezuelano na fronteira com a Colômbia caracteriza uma clara ação hostil.
No momento nossos diplomatas terão que mostrar o porquê de ganharem tanto dinheiro, caso contrário, a tensão pode se tornar conflito, que uma vez iniciado pode se tornar difícil de parar, devido à quantidade de interesses até agora tratados com uma falsa pacificidade na região.
Gostaria de me desculpar por não colocar as fotos. Não deu no dia e o distanciamento de tempo me fez desistir de colocar depois.
quarta-feira, 5 de março de 2008
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Manifestantes sem-teto protestam em frente à Prefeitura
Em meu escasso horário de almoço de hoje me deparei com uma oportunidade jornalística que só poderia ter sido melhor se eu tivesse mais tempo para aproveitá-la. A reunião dos manifestantes com a prefeitura já havia acontecido e hávia vários carros da polícia, mas os manifestantes se recusavam a sair. Uma mulher com uma criança de colo, a única manifestante dentro do sagüão, chorava pedindo que a tropa de choque não fosse chamada para retirá-los.
Manifestantes exaltados gritavam pelo nome do Prefeito Barjas Negri. Muitas crianças e faixas, além de um cachorro do canil municipal, compunham a cena.
Tomei coragem e conversei com os manifestantes e também com os policiais. Por ter só uma hora de almoço tive que fazer tudo muito rápido então provavelmente pequei em vários aspectos da apuração à redação, mas gostei da experiência.
Quando chegar em casa e pegar o cabo do celular coloco as fotos aqui.
"Cerca de 40 das pessoas retiradas das casas do Jd. Gilda (15 são crianças) na reintegração de posse, terça-feira, protestam neste momento em frente à sede Prefeitura de Piracicaba.Os manifestantes chegaram por volta das 8 da manhã e foram impedidos pela segurança da Prefeitura de entrar no prédio.
Segundo a Polícia Civil o procedimento adotado foi o padrão para qualquer tipo de manifestação, uma pequena comissão foi autorizada a entrar e ser atendida. Os manifestantes foram orientados a retornar ao Núcleo de Apoio Social Novos Caminhos (antiga Casa do Morador de Rua), uma vez que a prefeitura não teria como atender às solicitações de abrigar a todos eles.
Seriam fornecidos pela Prefeitura passe de ônibus e alimentação no local. Nenhum dos manifestantes aceitou a oferta.
Adriana Moreira dos Santos, 26, concentra sua principal reclamação no modelo de gestão que vem sendo utilizado pelo prefeito Barjas Negri, que dá atenção especial à construção de centros de lazer, pontes e reforma de praças públicas, enquanto existem cidadãos desabrigados.
De acordo com Angelita Martins, 32, a polícia teria agido com violência no dia da reintegração de posse, informação que teria sido omitida pelos meios de comunicação. Ela reclama ainda que seus pertences encontram-se em poder da Prefeitura, entre eles remédios, documentos e seu cartão do bolsa família, única fonte de renda no momento. Martins disse ainda que tem filhos doentes e que já recebeu a visita de Walter Godoy dos Santos, presidente da Emdhap (Empresa Municipal de Desenvolvimento Habitacional), que prometeu resolver a situação de sua família mas até agora nada foi feito.
Nenhuma fonte oficial da Prefeitura estava presente no saguão para se pronunciar sobre o ocorrido.
Os manifestantes pretendem permanecer em frente ao prédio do Centro Cívico pelo menos até obterem uma resposta em relação è devolucação de seus bens, que se encontram no pátio da Secretaria Municipal de Obras."
Manifestantes exaltados gritavam pelo nome do Prefeito Barjas Negri. Muitas crianças e faixas, além de um cachorro do canil municipal, compunham a cena.
Tomei coragem e conversei com os manifestantes e também com os policiais. Por ter só uma hora de almoço tive que fazer tudo muito rápido então provavelmente pequei em vários aspectos da apuração à redação, mas gostei da experiência.
Quando chegar em casa e pegar o cabo do celular coloco as fotos aqui.
"Cerca de 40 das pessoas retiradas das casas do Jd. Gilda (15 são crianças) na reintegração de posse, terça-feira, protestam neste momento em frente à sede Prefeitura de Piracicaba.Os manifestantes chegaram por volta das 8 da manhã e foram impedidos pela segurança da Prefeitura de entrar no prédio.
Segundo a Polícia Civil o procedimento adotado foi o padrão para qualquer tipo de manifestação, uma pequena comissão foi autorizada a entrar e ser atendida. Os manifestantes foram orientados a retornar ao Núcleo de Apoio Social Novos Caminhos (antiga Casa do Morador de Rua), uma vez que a prefeitura não teria como atender às solicitações de abrigar a todos eles.
Seriam fornecidos pela Prefeitura passe de ônibus e alimentação no local. Nenhum dos manifestantes aceitou a oferta.
Adriana Moreira dos Santos, 26, concentra sua principal reclamação no modelo de gestão que vem sendo utilizado pelo prefeito Barjas Negri, que dá atenção especial à construção de centros de lazer, pontes e reforma de praças públicas, enquanto existem cidadãos desabrigados.
De acordo com Angelita Martins, 32, a polícia teria agido com violência no dia da reintegração de posse, informação que teria sido omitida pelos meios de comunicação. Ela reclama ainda que seus pertences encontram-se em poder da Prefeitura, entre eles remédios, documentos e seu cartão do bolsa família, única fonte de renda no momento. Martins disse ainda que tem filhos doentes e que já recebeu a visita de Walter Godoy dos Santos, presidente da Emdhap (Empresa Municipal de Desenvolvimento Habitacional), que prometeu resolver a situação de sua família mas até agora nada foi feito.
Nenhuma fonte oficial da Prefeitura estava presente no saguão para se pronunciar sobre o ocorrido.
Os manifestantes pretendem permanecer em frente ao prédio do Centro Cívico pelo menos até obterem uma resposta em relação è devolucação de seus bens, que se encontram no pátio da Secretaria Municipal de Obras."
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
Volta às aulas e outras coisas mais
Olá,
O ócio deste blog e do meu pensamento estão de folga. Pelo menos enquanto durar a animação.Após um bom tempo da minha última postagem e do término do outro blog que tínhamos em conjunto, resolvo escrever novamente.
A razões são várias e, por incrível que pareça, o surgimento de um tema bom para uma discussão não é um deles.
A semana agitada e o gás dos bixos são majoritariamente os fatores que me motivam a escrever.O começo de um novo ano me faz lembrar do começo do último, quando lá pelo fim da primeira semana de aula eu estava sujo de tinta que não queria sair, de cabeça raspada e ainda com um pouco de raiva dos veteranos que me jogaram a tal tinta, mas já gostando bem mais deles pela convivência durante a semana e a festa da quinta-feira.
Hoje, exceto pela raiva dos veteranos - que este ano alguém deve estar sentindo de mim - pouca coisa muda. Tenho tinta nas mãos por dar trote (e não sai nem a pau!), a cabeça raspada, já que o visual de bixo me agradou e não mudei desde o ano passado e uma certa afetividade brotando em relação aos poucos e agradáveis bixos que me fizeram companhia essa semana (não muito de perto é claro, bixo burro!).
O problema disso tudo, o impressionante, o assunto, é que isso passou rápido demais. Parece que foi ontem que eu conheci esses que, em contrapartida, já passaram tantos bons momentos comigo esse ano. E que, como disse uma amiga, "já não conseguimos mais ficar sem".
Uma vez alguém me disse que se tornando adulto o tempo voaria, não quis acreditar porque pra mim tudo demorava a passar devido à expectativa da tão desejada maioridade, ouvindo isso hoje eu só diria "e como!", balançando a cabeça e pensando na vida.
Tudo que é bom dura pouco, a faculdade só 4 anos, para alguém de 18 pode parecer bastante, mas está passando tão rápido que estou com medo que ela fuja e acabe sem que eu possa extrair tudo de maravilhoso que esse ambiente tem a oferecer.
Com cara de postagem de patricinha de 7ª série (sem querer ofender a classe) e a famigerada linha do "eu amo meus amigos", "como a vida é cruel" e "meu dia hoje foi assim:" termino minha pobre e pertinente reflexão..
Metas esboçadas, ânimo renovado, bem vindos a 2008, agora de verdade!
A propósito, aos amigos, colegas e até aos bixos folgados, esse espaço está aberto a qualquer texto interessante sem precisar de dia e hora marcados para publicar.
Abraços,
O ócio deste blog e do meu pensamento estão de folga. Pelo menos enquanto durar a animação.Após um bom tempo da minha última postagem e do término do outro blog que tínhamos em conjunto, resolvo escrever novamente.
A razões são várias e, por incrível que pareça, o surgimento de um tema bom para uma discussão não é um deles.
A semana agitada e o gás dos bixos são majoritariamente os fatores que me motivam a escrever.O começo de um novo ano me faz lembrar do começo do último, quando lá pelo fim da primeira semana de aula eu estava sujo de tinta que não queria sair, de cabeça raspada e ainda com um pouco de raiva dos veteranos que me jogaram a tal tinta, mas já gostando bem mais deles pela convivência durante a semana e a festa da quinta-feira.
Hoje, exceto pela raiva dos veteranos - que este ano alguém deve estar sentindo de mim - pouca coisa muda. Tenho tinta nas mãos por dar trote (e não sai nem a pau!), a cabeça raspada, já que o visual de bixo me agradou e não mudei desde o ano passado e uma certa afetividade brotando em relação aos poucos e agradáveis bixos que me fizeram companhia essa semana (não muito de perto é claro, bixo burro!).
O problema disso tudo, o impressionante, o assunto, é que isso passou rápido demais. Parece que foi ontem que eu conheci esses que, em contrapartida, já passaram tantos bons momentos comigo esse ano. E que, como disse uma amiga, "já não conseguimos mais ficar sem".
Uma vez alguém me disse que se tornando adulto o tempo voaria, não quis acreditar porque pra mim tudo demorava a passar devido à expectativa da tão desejada maioridade, ouvindo isso hoje eu só diria "e como!", balançando a cabeça e pensando na vida.
Tudo que é bom dura pouco, a faculdade só 4 anos, para alguém de 18 pode parecer bastante, mas está passando tão rápido que estou com medo que ela fuja e acabe sem que eu possa extrair tudo de maravilhoso que esse ambiente tem a oferecer.
Com cara de postagem de patricinha de 7ª série (sem querer ofender a classe) e a famigerada linha do "eu amo meus amigos", "como a vida é cruel" e "meu dia hoje foi assim:" termino minha pobre e pertinente reflexão..
Metas esboçadas, ânimo renovado, bem vindos a 2008, agora de verdade!
A propósito, aos amigos, colegas e até aos bixos folgados, esse espaço está aberto a qualquer texto interessante sem precisar de dia e hora marcados para publicar.
Abraços,
Assinar:
Postagens (Atom)