Em meu escasso horário de almoço de hoje me deparei com uma oportunidade jornalística que só poderia ter sido melhor se eu tivesse mais tempo para aproveitá-la. A reunião dos manifestantes com a prefeitura já havia acontecido e hávia vários carros da polícia, mas os manifestantes se recusavam a sair. Uma mulher com uma criança de colo, a única manifestante dentro do sagüão, chorava pedindo que a tropa de choque não fosse chamada para retirá-los.
Manifestantes exaltados gritavam pelo nome do Prefeito Barjas Negri. Muitas crianças e faixas, além de um cachorro do canil municipal, compunham a cena.
Tomei coragem e conversei com os manifestantes e também com os policiais. Por ter só uma hora de almoço tive que fazer tudo muito rápido então provavelmente pequei em vários aspectos da apuração à redação, mas gostei da experiência.
Quando chegar em casa e pegar o cabo do celular coloco as fotos aqui.
"Cerca de 40 das pessoas retiradas das casas do Jd. Gilda (15 são crianças) na reintegração de posse, terça-feira, protestam neste momento em frente à sede Prefeitura de Piracicaba.Os manifestantes chegaram por volta das 8 da manhã e foram impedidos pela segurança da Prefeitura de entrar no prédio.
Segundo a Polícia Civil o procedimento adotado foi o padrão para qualquer tipo de manifestação, uma pequena comissão foi autorizada a entrar e ser atendida. Os manifestantes foram orientados a retornar ao Núcleo de Apoio Social Novos Caminhos (antiga Casa do Morador de Rua), uma vez que a prefeitura não teria como atender às solicitações de abrigar a todos eles.
Seriam fornecidos pela Prefeitura passe de ônibus e alimentação no local. Nenhum dos manifestantes aceitou a oferta.
Adriana Moreira dos Santos, 26, concentra sua principal reclamação no modelo de gestão que vem sendo utilizado pelo prefeito Barjas Negri, que dá atenção especial à construção de centros de lazer, pontes e reforma de praças públicas, enquanto existem cidadãos desabrigados.
De acordo com Angelita Martins, 32, a polícia teria agido com violência no dia da reintegração de posse, informação que teria sido omitida pelos meios de comunicação. Ela reclama ainda que seus pertences encontram-se em poder da Prefeitura, entre eles remédios, documentos e seu cartão do bolsa família, única fonte de renda no momento. Martins disse ainda que tem filhos doentes e que já recebeu a visita de Walter Godoy dos Santos, presidente da Emdhap (Empresa Municipal de Desenvolvimento Habitacional), que prometeu resolver a situação de sua família mas até agora nada foi feito.
Nenhuma fonte oficial da Prefeitura estava presente no saguão para se pronunciar sobre o ocorrido.
Os manifestantes pretendem permanecer em frente ao prédio do Centro Cívico pelo menos até obterem uma resposta em relação è devolucação de seus bens, que se encontram no pátio da Secretaria Municipal de Obras."
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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
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